quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Linha 4 - Amarela: fase de testes em Janeiro 2010



Catraca livre em Janeiro? A informação ainda não foi confirmada pela concessionária ViaQuatro, mas a companhia do Metrô deu indícios de que talvez adote a catraca livre para que os usuários conheçam a nova Linha 4 – Amarela, esquema que também foi utilizado no período de testes das linhas 1 – Azul e 2 – Verde.
Nos primeiros meses de 2010 somente um trem fará o percurso entre as futuras estações Faria Lima e Paulista, até que as composições restantes cheguem ao Brasil. O contrato de concessão prevê a compra de 14 trens nessa primeira fase de operação em 2010, sendo que o descumprimento poderá acarretar em perda da concessão.
Fabricado na Coréia do Sul pela Hyundai Rotem, terão passagem livre entre carros e sistemas que permitirão a comunicação direta com o Centro de Controle Operacional (CCO) e a saída de emergência será na parte frontal, com uma rampa que desce até a via.
A linha Amarela será a primeira na América Latina a entrar em funcionamento com divisórias de vidro separando plataforma de passageiros dos trilhos, conforme modelo já adotado em estações do Metrô de Londres, Paris e Hong Kong.
Os carros não têm cabines de condutor, pois vão funcionar pelo sistema driverless, que permite a operação sem a presença de um técnico dentro do trem. A disposição dos bancos de passageiros também é diferente dos conhecidos pelos usuários do metrô: os assentos são laterais e enfileirados.

fonte: Estado de São Paulo

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Acidente na Estação Pinheiros



No dia 12 de Janeiro de 2007 por volta das 15h o Metrô de São Paulo sofreu o maior acidente de sua história que também se caracterizou como um dos maiores da própria cidade.
Ocorreu durante a construção da estação Pinheiros que integrará a linha 4 amarela, toda a estrutura da construção cedeu dando origem a uma cratera de 80 metros de diâmetro. No momento do acidente sete pessoas foram “engolidas” terra abaixo juntos de carros e caminhões, o corpo de bombeiros passou dias escavando para conseguir resgatar os corpos. Mais de 70 imóveis foram interditadas pela defesa civil, toda a região focou sem energia elétrica por horas, ruas e avenidas foram fechadas a fim de garantir a segurança e garantir que não haveria novos desabamentos.
As obras da Linha 4 do Metrô são dividas em 3 lotes sendo dois desses lotes pertencentes ao Consórcio Via Amarela formada pelas empresas Alstom, Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez, que adquiriam por meio de licitação.
Meses depois essas empresas apresentaram um laudo providenciado pela Odebrecht apontou que o acidente ocorreu devido a irregularidade geológica da região, que apresenta instabilidade constante devido ao fato de que naquela região passava o rio Pinheiros.
Em seguida o IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas – (empresa contratada pelo Metrô por R$ 6,55 milhões) concluiu seu laudo confrontado o laudo do Consórcio Via Amarela. Este laudo apontou 11 fatores que contribuíram para o acidente. Os erros apresentados vão desde desconformidade na execução da obra até a inexistência de um plano de gerenciamento de contingências e riscos, e sinais claros do Consórcio Via Amarela em apresar a conclusão da obra. Ao Metrô coube apenas a atribuição na falha de fiscalização.
Em agosto de 2008 foi a vez da CI ( Instituto de Criminalística) entregar seu relatório ao MP-SP. Seu relatório aponta que não houve fatalidades como havia apontado o laudo da Consórcio Via Amarela.
Finalmente em 6 de janeiro de 2009 A juíza Margot Correa Begossi, da 1ª Vara Criminal do Fórum Regional de Pinheiros recebeu integralmente as denúncias contra 13 pessoas, entre os indiciados estão diretores, funcionários graduados e técnicos do Via Amarela e do Metrô. A Juíza decidiu processar criminalmente os 13 funcionários, todos eles responderão por homicídio culposo e suas penas podem variar de ano e quatro meses a seis anos de detenção.
Até o momento o processo vem se arrastando, o governo do estado não tem interesse em aprofundar as investigações, em plena ano que antecede as eleições a conclusão do processo significaria dar um tiro no próprio pé.
Foi para cancelar as investigações que os deputados usaram de todo tipo de manobra para impedir a abertura de uma CPI na Assembléia Legislativa. É nítida a falta de vontade política de se chegar aos verdadeiros culpados.

fonte: Revista Techne, Folha Online, JusBrasil Notícias e Wikipédia

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Sentindo na Pele.... Em uma Única Viagem


fonte: arquivo pessoal

O grupo passou parte do semestre fazendo pesquisa, a procura de informações referentes a história do Metrô em São Paulo, suas inovações e seu cotidiano, até que pensamos “vamos dar uma voltinha de Metrô pra sentir o dia-a-dia, vivenciar o que escrevemos”. Bom, aqui vai o resultado desta experiência.
A princípio a intenção era vivenciar o sufoco da problemática linha vermelha (Leste-Oeste) em horário de pico. Marcamos o encontro as 18h00 na Estação República, eu (Harley), Gizele e Camila. Tudo bem, me atrasei, e acabei chegando lá depois das 18h30, mas o Metrô estava bem cheio ainda ...O plano era ir até a Estação Corinthians – Itaquera, presenciar e registrar sua superlotação.
Pensamos em seguir dali mesmo (três estações depois do terminal Barra Funda), mas a lotação era tão real que ficou difícil entrar no trem, então fomos para a estação Barra Funda e lá pudemos entender o porquê de não termos conseguido embarcar. A plataforma da estação estava lotada, esperamos cerca de 10 minutos (ou três trens) para iniciarmos nossa jornada. Ao entrar no trem todos os passageiros correm para os bancos para sentarem. Parece engraçado, mas se faz necessário caso queira pegar um lugar. O fato é que o Metrô já sai cheio da primeira estação, para lotar na segunda ou terceira. Mas o momento mais tenso é a parada na Sé, entra tanta gente que chego a pensar que a lei da física sobre dois corpos não ocuparem o mesmo espaço vem por terra neste momento. Somente quatro estações após a estação Sé o trem parece começar a esvaziar. Só observamos todas as pessoas realmente sentadas na estação Guilhermina-Esperança, quase no fim.
No percurso presenciamos cenas clássicas como pessoas dormindo em bancos preferenciais enquanto idosos viajavam em pé, e falta de gentilezas daquelas que estavam sentadas, que não se ofereciam para segurar a bagagem dos usuários a sua frente.
Tiramos algumas fotos do alto e percebi que as barras de apoio estão localizadas nas extremidades do vagão, portanto, os passageiros que viajam no meio são forçados a se apoiarem no teto ou nos lustres (caso os alcancem...), correndo grande risco de acidentes. Se bem que dependendo do trecho há tanta gente dentro do vagão que não se faz necessário segurar em algo.


fonte: arquivo pessoal

A viagem de volta foi tranqüila, afinal era o contra-fluxo. Voltamos à vontade, tirando fotos e comentando o que vimos. Nos separamos na estação Sé, mas antes de conseguimos presenciar uma ocorrência: no meio dos trilhos havia caído um chinelo e os funcionários da estação desceram para pegá-lo. Tudo bem, não foi um super-resgate, isso porque já era mais de 21h00 e os trens passam a ter um intervalo maior entre eles, mas e se fosse 7h30 da manhã... Certamente aqueles 3 minutinhos seriam o suficiente para causar algum transtorno nas operações de um sistema todo sincronizado como o do Metrô.
Não podemos dizer que foi a pior experiência de nossas vidas, mas com certeza é muito cansativo e estressante para quem passa por isso diariamente. Portanto, resta aos usuários, sendo eles freqüentadores assíduos ou não, cobrarem investimentos em melhorias, com a esperança de que um dia este quadro mude.

Ciclistas no Metrô



Em Janeiro de 2009, o metrô de São Paulo inaugurou o bicicletário, que é um estacionamento destinado a bicicletas, só que difere do paraciclo por ser um projeto mais elaborado, de médio e grande porte, para um número superior a 20 vagas. O intuíto deste projeto foi contribuir para a diminuição do trânsito nos finais de semana e icentivar a população a fazer exercício. Porém, uma pessoa com uma bicicleta ocupa um espaço, em média, de quatro passageiros em pé. Imagina o metrô em um dia de manisfestação, como por exemplo, a "Marcha para Jesus", em que aproximadamente 03 milhões de pessoas circulam?! O Bicicletário está presente em quase todas estações. Nas estações Paraíso, Vila Mariana (Linha 1-Azul), Anhangabaú, Marechal Deodoro e Sé (Linha 3-Vermelha) são 10 vagas e 10 bicicletas para empréstimo. Os bicicletários de Guilhermina-Esperança, Corinthians-Itaquera e Carrão têm 100 vagas e 10 bicicletas para empréstimos em cada um. Além desses bicicletários, as estações Belém, Penha, Vila Matilde, Artur Alvim, Capão Redondo, Campo Limpo e Vila das Belezas possuem paraciclos (estruturas para acorrentar as bikes) doados pela Secretaria do Verde e do Meio Ambiente e instalados pela Parada Vital que oferecem 15 vagas por unidade, totalizando 105 lugares. O acesso no sistema metroviário permite até quatro bicicletas por trem, embarcadas sempre no último vagão. Os horários para os ciclistas usarem o sistema aos finais de semana e feriados são: sábados, das 14h até o final da operação comercial (uma hora da manhã de domingo). Aos domingos e feriados, está garantido o acesso dos ciclistas durante todo o funcionamento do sistema: de 4h40 à meia-noite. Em uma conversa informal com freqüentadores do bicicletário com os quais trabalhamos, soubemos que alguns levam a bicicleta no carro para praticarem uma atividade física no caminho até a faculdade e ultilizam o bicicletário pelo período em que permanecem em aula. Carlos Albuquerque, 32 anos, advogado, disse que o escritório em que trabalha é próximo do bicicletário, e que como vai para a pós-graduação às 19h, utiliza este curto tempo para andar de bicicleta, visto que não tem como freqüentar uma academia. Para o Carlos é muito comôdo, pois no escritório que trabalha tem banheiro para tomar banho. Para obtermos outras opiniões, conversamos também com aqueles que não utilizam a bicicleta no dia-a-dia, sendo uma de nossas colegas contra o uso do Metrô como meio de transporte para ciclistas, pois, na sua opinião, a maioria não respeita os demais passageiros, e que quando entram nos vagões, não prestam atenção em quem está na frente.

fonte: site do Metrô e conversa informal com colegas de trabalho

domingo, 22 de novembro de 2009

Curiosidades Sobre as Siglas do Metrô

Seguem algumas siglas utilizadas no metrô e na CPTM:

  • AE - Agente de estação
  • AMV - Aparelho de mudança de via
  • ATC - Automatic Train Control. Através da sinalização de via (semáforos nos trilhos), o CCO ou CCOU controla a velocidade máxima de cada trecho da via. O operador tem a liberdade de acelerar, frear e alinhar o trem à plataforma, mas se ele ultrapassar o limite de velocidade para aquele trecho, o trem freia automaticamente. A CPTM utiliza esse sistema e todos os trens de carga que operam em suas linhas devem ter o ATC também. O metrô também utiliza, no chamado MCS (vide abaixo), embora no modo ATO o ATC atua também, reduzindo a velocidade do trem.
  • ATO - Automatic Train Operation. É o sistema que automatiza todas as operações do metrô, acelerando, freando e abrindo as portas sem a necessidade do operador do trem. A CPTM não possui esse sistema.
  • Budd - Apelido dado ao trem da linha 1, cujo projeto é da The Budd Company, embora construído pela Mafersa.
  • BX - Significa baixa aderência, é colocado quando os trilhos estão molhados
  • Carro - Nada mais é do que o "vagão" de passageiros. Às vezes pode se ouvir um PA na estação: "Fulano, favor entrar no segundo trem, carro líder". Carro líder, neste caso, é o primeiro vagão, onde fica o OT.
  • CCO - Centro de Controle Operacional. O metrô possui dois centros.
  • CCOU - Centro de Controle Operacional Unificado, localizado ao lado da estação Brás da CPTM.
  • DSF - Dispositivo supervisor de freios.
  • Manual - Operação sem nenhum tipo de restrição da via. É usado geralmente com problemas na via (famoso Problemas em Equipamentos de Via na região de...). Todos os movimentos dos trens são supervisionados pelo CCO. Velocidade é de 20km/h.
  • MCS - É o modo "semi-automático" do metrô. O operador do trem tem a liberdade que os maquinistas da CPTM possuem, e operam o trem obedecendo o ATC do metrô. É raro os trens do metrô rodarem em MCS. Teoricamente os operadores devem rodar pelo menos alguns minutos em horário de vale em MCS, mas nem em final de semana eles ficam em MCS.
  • NATM - New Austrian Tunneling Mode, outro método de construção/disposição dos túneis.
  • OT - Operador de trem.
  • PA - Public Audience. É o sistema sonoro das estações e dos trens do metrô. Quando você ouve "Próxima estação: Santana" ou "Atenção funcionário da limpeza, comparecer ao SSO", é um PA. Na CPTM é chamado de AP = Aviso ao público.
  • PCDs - Pessoas com deficiência.
  • PK - Ponto Quilométrico, exemplo, 36+345 quer dizer na altura do Km 36.345.
  • PP - Parada Programada. Dispositivo que faz o trem parar automaticamente nas estações, além de abrir e fechar as portas da composição.
  • PP-INOP - Parada Progamada Inoperante, quer dizer que o sistema de parada na estação, que pára o trem, abre e fecha suas portas e depois o libera, está com algum problema. Nesse caso, assume o OT, que alinha o trem em MCS e opera a abertura e fechamento das portas, etc.
  • PVS - Plano de Via Sinalizada, uma espécie de bíblia de todos os técnicos seja de manutenção ou implantação, um desenho onde aparecem todos os circuitos de via , seus respectivos códigos de velocidade, etc.
  • SFO - Sala de Ferramentas Operacionais
  • SGO - Supervisor Geral Operacional
  • SPAP - Sistema de Prevenção de Acidentes na Plataforma. É um sistema emergencial que pode ser acionado da plataforma por qualquer usuário ao visualizar alguém que por acidente (ou vontade própria) tenha caído na via. Pode ser acionado também da SSO da estação, ou do próprio CCO
  • SSO - Sala de Supervisão Operacional
  • TM - Terminal de manobra
  • TM - Trackmobile. Uma "locomotiva" que traciona equipamentos e trens durante a manutenção do metrô.
  • TUE - Trem Unidade Elétrico. É uma composição autônoma, que possui todos os sistemas que o trem precisa.
  • Vagão - Segmento do trem/composição, este termo define um segmento do trem de carga. Quando este segmento carrega passageiros, é chamado de carro.
  • VCA - Vala a céu aberto, um método de construção.
  • VSE - Ventilação e saída de emergência.
fonte: site do Metrô

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

1º lugar do ranking: comemorar?


fonte: arquivo pessoal

Apesar não possuirmos as indefectíveis “luvas brancas”, acessório utilizado por funcionários do Metrô de Tóquio, angariamos o 1º lugar no ranking das linhas mais populosas do mundo pelo segundo ano consecutivo! Com 61,3 quilômetros de linhas e 11,15 milhões de usuários por quilômetro ao ano, o Metrô de São Paulo chega a transportar mais de nove passageiros por metro quadrado em horários de pico, sendo que as organizações internacionais de transporte recomendam o número máximo de seis pessoas por metro quadrado.
Técnicos afirmam que dois fatores explicam o “troféu do ano”:
  • Crescente número de passageiros com a adesão ao bilhete único em 2006, com acréscimo de mais de 750 mil usuários/dia;
  • Extensão da rede: a menor entre as 11 maiores do mundo.
Um fator não mencionado, mas observado por aqueles que utilizam este meio de transporte diariamente, é a limitação da zona de circulação dos fretados, que fez com que um grande número de passageiros deste transporte “debandassem” para o Metrô, já que não possuem mais a opção de serem deixados em frente ao local de trabalho.
Sufocamento, agarra-agarra... Uma integrante do Conexão Urbana afirma que já presenciou cenas tão absurdas em horário de pico que é impossível não rir após sair do tumulto: “Outro dia o Metrô parou na estação Sé eu eu só fiquei vendo uma mulher gritando “eu não quero sair do outro lado, eu não quero sair do outro lado...” e o pior é que ela realmente entrou por uma porta e saiu por outra!”

Acompanhem o ranking das linhas mais populosas do mundo:

São Paulo

• 11,15 milhões de passageiros por quilômetro ao ano
• 61,3 quilômetros de linhas

Kiev (Ucrânia)

• 10,7 milhões de passageiros por quilômetro ao ano
• 59,8 quilômetros de linhas

Cairo (Egito)

• 10,6 milhões de passageiros por quilômetro ao ano
• 65,5 quilômetros de linhas

Tóquio (Japão)

• 10,4 milhões de passageiros por quilômetro ao ano
• 304,5 quilômetros de linhas

Agora é aguardar o projeto de "Expansão", tão divulgado pelo governo atual, para verificarmos se conseguiremos ao menos sair do TOP 10....

fonte: Rádio Capital, Veja e site do Jornal Hoje

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Pausa: Poesia sobre Trilhos


fonte: olhardomiguel.wordpress.com/2009/09/

Nossos corpos estão tão unidos, que posso sentir as batidas do seu coração.
Nossa respiração confunde-se com a do outro...
Nossos movimentos são sincronizados...
Indo e voltando...
Para frente e para trás...
Às vezes pára, e então, quando nos cansamos da mesma posição,
Nos esforçamos para mudar, mesmo que seja só por pouco tempo.
O suor de nossos corpos começa a fluir sem nada que possamos fazer...
Um calor enorme parece que nos fará desmaiar...
Uma força ainda maior nos faz ficar ainda mais colados um ao outro e, quando não agüentamos mais segurar...

Uma voz ecoa em nossos ouvidos:


































Estação SÉ, desembarquem pelo lado esquerdo do trem!

fonte: desconhecida