segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Sentindo na Pele.... Em uma Única Viagem


fonte: arquivo pessoal

O grupo passou parte do semestre fazendo pesquisa, a procura de informações referentes a história do Metrô em São Paulo, suas inovações e seu cotidiano, até que pensamos “vamos dar uma voltinha de Metrô pra sentir o dia-a-dia, vivenciar o que escrevemos”. Bom, aqui vai o resultado desta experiência.
A princípio a intenção era vivenciar o sufoco da problemática linha vermelha (Leste-Oeste) em horário de pico. Marcamos o encontro as 18h00 na Estação República, eu (Harley), Gizele e Camila. Tudo bem, me atrasei, e acabei chegando lá depois das 18h30, mas o Metrô estava bem cheio ainda ...O plano era ir até a Estação Corinthians – Itaquera, presenciar e registrar sua superlotação.
Pensamos em seguir dali mesmo (três estações depois do terminal Barra Funda), mas a lotação era tão real que ficou difícil entrar no trem, então fomos para a estação Barra Funda e lá pudemos entender o porquê de não termos conseguido embarcar. A plataforma da estação estava lotada, esperamos cerca de 10 minutos (ou três trens) para iniciarmos nossa jornada. Ao entrar no trem todos os passageiros correm para os bancos para sentarem. Parece engraçado, mas se faz necessário caso queira pegar um lugar. O fato é que o Metrô já sai cheio da primeira estação, para lotar na segunda ou terceira. Mas o momento mais tenso é a parada na Sé, entra tanta gente que chego a pensar que a lei da física sobre dois corpos não ocuparem o mesmo espaço vem por terra neste momento. Somente quatro estações após a estação Sé o trem parece começar a esvaziar. Só observamos todas as pessoas realmente sentadas na estação Guilhermina-Esperança, quase no fim.
No percurso presenciamos cenas clássicas como pessoas dormindo em bancos preferenciais enquanto idosos viajavam em pé, e falta de gentilezas daquelas que estavam sentadas, que não se ofereciam para segurar a bagagem dos usuários a sua frente.
Tiramos algumas fotos do alto e percebi que as barras de apoio estão localizadas nas extremidades do vagão, portanto, os passageiros que viajam no meio são forçados a se apoiarem no teto ou nos lustres (caso os alcancem...), correndo grande risco de acidentes. Se bem que dependendo do trecho há tanta gente dentro do vagão que não se faz necessário segurar em algo.


fonte: arquivo pessoal

A viagem de volta foi tranqüila, afinal era o contra-fluxo. Voltamos à vontade, tirando fotos e comentando o que vimos. Nos separamos na estação Sé, mas antes de conseguimos presenciar uma ocorrência: no meio dos trilhos havia caído um chinelo e os funcionários da estação desceram para pegá-lo. Tudo bem, não foi um super-resgate, isso porque já era mais de 21h00 e os trens passam a ter um intervalo maior entre eles, mas e se fosse 7h30 da manhã... Certamente aqueles 3 minutinhos seriam o suficiente para causar algum transtorno nas operações de um sistema todo sincronizado como o do Metrô.
Não podemos dizer que foi a pior experiência de nossas vidas, mas com certeza é muito cansativo e estressante para quem passa por isso diariamente. Portanto, resta aos usuários, sendo eles freqüentadores assíduos ou não, cobrarem investimentos em melhorias, com a esperança de que um dia este quadro mude.

Um comentário:

  1. Realmente, o METRÔ de São Paulo, por ser considerado um transporte rápido e seguro, atrai as pessoas para pegar suas conduções e ir ao trabalho.

    Quantas e quantas vezes não fui esmagada pelas pessoas na Estação Brás ou na Estação Sé...é um verdadeiro inferno!

    Mas mesmo com tudo isso, o Metrô de SP é o melhor que tem do Brasil e com esse programa Expande São Paulo", do Governo do Estado, me resta a esperança de poder viajar mais tranquila nesse transporte tão importante.

    Tamar

    ResponderExcluir