segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Metrô - seguro para blindar gestores: melhor para quem?

Está se tornando uma prática comum no governo paulista a contratação de seguros milionários que blindam seus dirigentes, casos constatados em estatais como o Metrô, CPTM, EMTU e Sabesp.
Segundo matéria publicada na Folha de S.Paulo em 30/10/2009, o metrô de São Paulo gastará aproximadamente R$ 265 mil por ano com seguro para cobrir multas por contratos sem licitação, danos ambientais, indenizações por assédio moral ou sexual e custos com a defesa de seus executivos, que deveriam responsabilizar-se por suas decisões sem este recurso, que dá margem para atos irresponsáveis e negligentes, já que a cobertura por “descuidos” poderá atingir até R$ 30 milhões. Em caso de bens bloqueados, o dirigente poderá receber até 3 milhões para que arque com suas despesas pessoais.
As situações cobertas não abrangem atos criminais, entretanto, até o momento não se sabe quem ou qual órgão será responsável por definir o que é doloso ou não.
Modismo iniciado no governo de Geraldo Alckmin (PSDB), em 2002, teve como fruto um contrato da Sabesp de R$1,26 milhão por ano, a mesma empresa que hoje é investigada por cobrar pelo fornecimento de água potável para uma fábrica de papel com o custo de água não potável... Caso ilícito ou mera imprudência?
Seguindo a orientação do governo do Estado, estatais do setor de transportes da gestão Serra firmaram seus primeiros contratos a partir de abril deste ano.
Mais uma vez o PSDB insere-se numa polêmica em que nós contribuintes ficamos sem saber aos certo se a orientação de suas decisões são em prol do todo, ou seja, da população, ou de uma “fatia seleta” da sociedade.

Fonte: Folha de São Paulo

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